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Quartel Moncada

13/05/2012 - 17º dia de viagem
 


Logo pela manhã, nossa primeira atividade em Santiago de Cuba, foi visitar um dos pontos mais importantes da história da Revolução Cubana: o antigo Quartel Moncada. Em 26 de Julho de 1953, Fidel Castro mais 130 revolucionários tentaram tomar de assalto aquele quartel com o objetivo de iniciar uma rebelião visando derrubar a tirania de Batista.





Sobre o Assalto ao Moncada a EcuRed registra:

 

"Un grupo de jóvenes cubanos, liderados por Fidel Castro, se colocaron a la vanguardia de la lucha por la verdadera independencia, y en el año del centenario del nacimiento del Apóstol José Martí, deciden el asalto al Cuartel Moncada en Santiago de Cuba y al Cuartel Carlos Manuel de Céspedes en Bayamo, el 26 de julio de 1953."



O assalto ao quartel não foi bem sucedido e três acontecimentos são apontados como prováveis causas: 
1) dispersão das forças atacantes que, por desconhecerem (muitos eram oriundos de outras cidades de Cuba) as ruas de Santiago, atrasaram-se a chegar aos seus postos de combate;
2) o encontro inesperado com uma patrulha de militares fazendo ronda externa à fortaleza e 
2) o fato de que, apesar de todos os revolucionários estarem vestidos com o uniforme militar, despertaram suspeitas à patrulha pois alguns calçavam sapatos comuns diferentes dos usados pelos militares. (esta hipótese nos foi relatada pela guia do Museu 26 de Julho)

No assalto ao quartel morreram 70 revolucionários. Alguns em combate e outros após serem presos e torturados pelos militares.

Interrogatório de Fidel
(em pé, por trás do homem de óculos o Ten. Sarria)
Fidel, ao ser preso, escapou de ser assassinado apenas pela ação corajosa do tenente Pedro Sarria, comandante da patrulha que efetuou sua prisão. No momento em que Fidel e companheiros foram localizados, gritou aos soldados: "no tiraran, que las ideas no se matan!". A coragem e honradez deste militar, que desobedeceu a instrução anteriormente recebida de que para cada soldado morto deveriam ser mortos 10 revolucionários. Em suas recordações o Tenente Sarria registra:

"Pero la matanza en masa de prisioneros no comenzó hasta pasadas las tres de la tarde. Hasta esa hora esperaron órdenes. LLegó entonces de La Habana el general Martin Diaz Tamayo, quien trajo instrucciones concretas salidas de una reunión donde se encontraban Batista, el jefe del ejército, el jefe del SIM, el propio Diaz Tamayo y otros. Dijo que era una vergüenza y un deshonor para el ejército haber tenido en el combate tres veces más bajas que los atacantes y que había que matar diez prisioneros por cada soldado muerto.
¡Esta fue la orden!"


Este episódio, mencionado por Fidel em algumas entrevistas, está detalhadamente registrado no livro de Lazaro Barrero Medina que colheu longo depoimento do tenente Pedro Sarria em 1972 e o editou em livro. Casualmente, ao retornar à Havana, encontrei o livro em uma livraria da Calle O'Bispo em Havana, e dele transcrevo abaixo o relato da prisão de Fidel:

"Amanece y ya tenemos tres o cuatro kilómetros de camino; hay claridad y ordeno pasar. Saco mis prismáticos, a lo lejos veo una casita y le pregunto a Camagüey: ¿Qué cosa es aquello? Me dice: Teniente, eso es para cuando se extravian los animales o estamos montando cercas y llueve mucho, guarecernos ahi. Le pregunto si allí hay alguien viviendo y me responde que no. Me da un presentimiento y le grito a la tropa: ¡Hacia la casita, adelante!
Aspecto del bohio en que se encontrabam Fidel y sus compañeros
(Foto extraída do livro Mi Prisionero Fidel)


El cabo Suárez se acerca sigilosamente a la casita y me grita: ¡Teniente, hay hombres armados! Me apresuro, porque veía gesto de ambas partes, como si estuvieran discutiendo y desde la distancia empiezo a decir que no tiraran, que las ideas no se matan.
En la casita hay tres muchachos muy fatigados y ocho fusiles. [...]
Algunos soldados están muy excitados, uno de ellos hace ademán de disparar y entonces es cuando insisto con mucha energía en que ellos son prisioneros, que no vayan a disparar y que las ideas no se matan. Eso contuvo los ánimos caldeados.
"


Fidel Castro, por ser advogado, apresentou a sua própria defesa oral perante o Tribunal de Exceção em16 de Outubro de 1953. Na ocasião proferiu um discurso em que relatou e analisou o ataque ao Moncada, denunciou a tirania de Batista, analisou a situação socioeconômica de Cuba e detalhou as medidas que seriam tomadas pela Revolução.

Destaco 2 trechos do final da sua fala:

"Termino minha defesa, mas não o farei como fazem habitualmente os advogados pedindo a liberdade do acusado; não posso pedi-la quando meus companheiros já estão sofrendo na Ilha de Pinos [atualmente Ilha da Juventude] prisão ignominiosa. Mandai-me para junto deles, a fim de compartilhar sua sorte. [...]
Quanto a mim, sei que a prisão será dura como tem sido para todos - prenhe de ameaças, de vil e covarde rancor. Mas não a temo, como não temo a fúria do tirano miserável que arrancou a vida a setenta de meus irmãos. Condenai-me, não importa. A História me absolverá."

Ao final o grupo tirou foto com a
simpática e atenciosa guia do Museu



O Museu Histórico 26 de Julho é composto por 7 salas que abarcam desde os registros históricos da construção do Quartel Moncada (1859) até a vitória da Revolução Cubana (1959).








Estudantes da Cidade Escolar 26 de Julho




Em 28 de Janeiro, 1 ano e 27 dias após a vitória da Revolução o Quartel Moncada foi convertido na Cidade Escolar 26 de Julho e todas as demais salas do imenso edifício convertidas em salas de aula.






Abaixo as fotos do Museu 26 de Julho, antigo Quartel Moncada:


Para saber mais sobre:

Marea del Portillo para Santiago de Cuba

12/05/2012 - 16º dia de viagem
Saímos de Marea del Portillo às 13:36 hs com destino a Santiago de Cuba. Havíamos  planejado ir pela estada que segue paralela ao mar, quase em linha reta, até Santiago.

Geely que alugamos

Entretanto, fomos informados de que a mesma havia sido avariada pelo último furacão e em determinados trechos só jipes ou carros altos conseguiam passar. Não nos aconselharam tentar a bordo de de um Geely com 5 passageiros.
Situação da estrada em 2010
(Foto do Blog Cuba Aventura)

Fizemos, então o percurso voltando em direção a Manzanillo. Tivemos que andar aproximadamente 280 Km, quando o outro percurso seria de apenas 180 Km. Lamentamos por perder a oportunidade de conhecer uma estrada que tem seus encantos pois, no sentido Santiago, tem à sua esquerda os parques nacionais da Sierra Maestra e do Turquino e à sua direita o mar. 
Seguimos para Santiago por esta estrada





Mas os 100 Km adicionais que tivemos que rodar não foi nenhum contratempo haja visto que são por estradas agradáveis e com muito pouco trânsito, como demonstra a foto ao lado.





 
Perdemos estas paisagens
(Foto do Blog Cuba Aventura)


Quem desejar conferir as paisagens da rodovia que costeia o litoral é só acessar esta postagem do blog Cuba Aventura (procure por 2º etapa Marea del Portilo - Santiago de Cuba quase ao final da postagem) e veja as belas fotos tiradas pelo autor daquele blog (exemplos ao lado e abaixo).




Perdemos estas paisagens
(Foto do Blog Cuba Aventura)



Chegamos em Santiago às 19:20 hs. e seguimos direto para o aeroporto. Rosa foi comprar uma passagem para Havana pois já estava em seus últimos dias de férias e não iria continuar com o grupo no resto da viagem.





Mapa do deslocamento

Abaixo as fotos do percurso Marea del Portillo à Santiago de Cuba:

Na próxima postagem: Santiago e o Quartel Moncada

Para saber mais:

Marea del Portillo

11/05/2012 - 15º dia de viagem
As 17:46 deixamos Las Coloradas - local do Desembarque do Granma - e seguimos com destino a Marea del Portillo - distância aproximada 60 Km - aonde deveríamos dormir e, no dia seguinte, seguir para Santiago de Cuba. 



Painel com a imagem de Antonio,
um dos 5 heróis cubanos
No Passaran


Na estrada, perto de Pilón, 5 cartazes homenageando os 5 Heróis cubanos e vários outros com diversas "consignas"

Cuba no si rinde
A EcuRed, assim descreve Marea del Portillo:
"Escondida en una ensenada que le sirve de abrigo, y rodeada de montañas, cocoteros y palmeras, la exótica Playa Marea del Portillo, de aguas prístinas y sorprendentes arenas negras, es un regalo ideal para quienes gustan de raros paisajes. Indómito paraíso entre el Mar Caribe y la Sierra Maestra, en la Oriental provincia Granma, municipio Pilón, es uno de los lugares más apartados e inexplorados de Cuba."

Por volta das 19 horas chegamos ao Hotel Club Amigo Marea del Portillo, um complexo hoteleiro composto por 3 hotéis com um total de 283 apartamentos/chalés, são eles: Farallón del Caribe, Punta Piedra e Marea del Portillo. Por ser baixa temporada os 2 primeiros estavam fechados e nos hospedamos no Marea del Portillo.
Por ser baixa estação, o hotel estava alugando apenas os chalés - a ala dos apartamentos permanece fechada nesta época.

Chalés (em cada andar um aptº)
Piscina do hotel





A diária dos chalés é um pouco mais cara que a dos apartamentos.
Preço da diária 62 CUC (na época o US$ estava cotado em cerca de R$ 2,00, e 1 CUC= 1 US$) no sistema tudo-incluído, ou seja: hospedagem, café da manhã, almoço, jantar, sobremesa e bebidas - inclusive alcoólicas (estas até as 23 horas) e todas as noites um show musical ao vivo.
 
Praia em frente ao hotel Marea del Portillo
Nossa programação era pernoitar e, no dia seguinte, logo cedo, seguir com destino a Santiago de Cuba. Entretanto, em vista do aprazível local, da praia deserta, da hospedagem boa e barata, resolvemos permanecer até depois do almoço para aproveitarmos o local.

 

Veja fotos do percurso Las Coloradas - Marea del Portillo e do hotel.


Chegamos em Marea del Portillo no dia 11 e saímos no dia 12 de maio, às 13:30 horas, com destino a Santiago de Cuba, o que relataremos na próxima postagem.

Para saber mais:
 

O Desembarque do Granma

11/05/2012 - 15º dia de viagem



Após o almoço em Cabo Cruz retornamos para o local do desembarque do Granma, local em que, no dia 2 de dezembro de 1956, Fidel Castro, Raul, Che Guevara e mais 79 companheiros desembarcaram em Cuba, vindos do México, a bordo do iate Granma.

O  Parque Nacional Desembarco del Granma foi declarado, em 2002, Monumento Nacional pela Comisión Nacional de Monumentos de Cuba e, em 1999, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

A embarcação efetuou uma travessia de dois mil quilômetros do México à Cuba, com capacidade para 25 pessoas transportava 82, além de: 2 canhões, 35 fuzis com mira telescópica, 55 fuzis de assalto, 3 metralhadoras, 50 pistolas, munições e mantimentos.
Réplica do Granma
O Granma no Museu da Revolução
O iate Granma não se encontra no local, ele está
preservado e em exposição no Museu da Revolução em Havana. No parque encontra-se uma réplica em tamanho real.


Iate Granma quando ainda navegava
Foto Governo Bolivariano de Venezuela
O nome Granma vem do diminutivo carinhoso para grandmother, avó, em inglês

No parque existe um museu com armas, objetos, fotos dos guerrilheiros do Granma, abaixo uma amostra do acervo do museu:

Além do museu há uma réplica da casa de Ángel Pérez Rosabal o primeiro camponês a dar apoio à guerrilha logo após o desembarque do Granma.
Foto do site: http://www.bayamotravelagent.com/Revolution.htm
Fotografamos o marco existente à frente à residência e o seu interior que reproduz, com fidelidade, a habitação original da família Rosabal:

Visitada a habitação de Ángel Rosabal seguimos por uma caminhada de cerca de 1,5 Km através de uma trilha asfaltada que atravessa o manguezal até chegarmos a beira mar, no exato local em que o Granma aportou.

Um pequeno resumo do Desembarque retirado da EcuRed:

"A las 6.30 aproximadamente comenzó el desembarco, el agua les daba al pecho o a la cintura, algunos de estatura más pequeña podían sacar sólo la cabeza y llegaron exhaustos al cabo y llenos de fango.
No tenían punto de apoyo posible; en esa marcha. Las espinas y los filos de las hojas les desgarraron los uniformes y la piel, una nube; de jejenes y mosquitos se lanzaron sobre sus cabezas. Pasadas dos horas del desembarco y agotados los expedicionarios llegaron a tierra firme.
Poco a poco, fueron volviendo al contingente cada grupo por un lugar distinto, lo que trajo como consecuencia que algunos combatientes no se encontraran en el lugar acordado, entre ellos el segundo jefe de la expedición Juan Manuel Márquez. Estos se habían desviado hacia un rumbo más al norte, posibilitando su salida a tierra firme a un punto algo distante del resto del destacamento.
Al salir a tierra firme (donde hoy está el monumento) Luís Crespo, los expedicionarios se dirigieron al bohío que habían avistado desde la ciénaga, antes de llegar se encontraron con un campesino, Ángel Pérez Rosabal, y lo llevan donde está Fidel. El Comandante, Fidel, le plantea: “No tenga miedo que venimos a liberar a Cuba de esta odiosa tiranía batistiana”. Fidel le preguntó algunas direcciones y datos de la zona, luego se dirigió junto con el campesino hacia su casa (Hoy existe una réplica de la misma)."

Pequeno vídeo, com a fala do guia que nos levou ao local do Desembarque:


Na próxima postagem: de Las Coloradas para Marea del Portillo.

Saiba mais:

Cabo Cruz

11/05/2012 - 15º dia de viagem
Após visitarmos o Museu Celia Sánchez em Media Luna, seguimos viagem em direção a Niquero - distância aproximada 30Km - município no qual está situado o Monumento Nacional de Homenagem ao Desembarque do Granma.
Em Niquero fizemos uma pequena parada para visitar a Federação da Mulheres Cubanas e seguimos para Cabo Cruz.


 Abaixo fotos do percurso Media Luna - Cabo Cruz


Cabo Cruz é uma comunidade de pescadores, local em que aportou Cristóvão Colombo em 3 de maio de 1494, quando da sua segunda viagem ao Novo Mundo. No local existe, ainda em funcionamento, um farol construido em 1861.

Ao fundo o farol de Cabo Cruz
foto blog: http://www.veleiroteasa.com/
Infelizmente não tivemos tempo de visitar o farol pois tínhamos que almoçar e retornar rapidamente para visitar o Parque Nacional do Desembarque do Granma.


Almoçamos no restaurante El Cabo
Restaurante El Cabo

 Comida saborosa e um preço baratíssimo. É um restaurante estatal e os preços são em moeda nacional (CUP). O prato mais caro 16 CUP - na época o equivalente a mais ou menos 60 centavos de dólar.


Após o almoço gostaríamos de descansar à beira mar para apreciar a bela paisagem e, quem sabe dar um mergulho nas águas cristalinas mas, como pretendíamos ver ainda naquele mesmo dia o Parque Nacional do Desembarco do Granma, pegamos o carro e seguimos viagem, o mergulho ficará para a nossa próxima viagem à Cuba.



Na próxima postagem o Parque Nacional Desembarco del Granma.

Para mais informações: